Diretrizes acerca do uso de colírios Midriáticos/Cicloplégicos na infância

Diretrizes Brasileiras para Cicloplegia e Midríase em Crianças

Autores: Ian Curi, Simone Akiko Nakayama, Érika Mota Pereira, Luisa Moreira Hopker, Fábio Ejzenbaum, Ronaldo Boaventura Barcellos, Rosane da Cruz Ferreira, Monica Fialho Cronemberger, Craig A. Mckeown, Júlia Dutra Rossetto.    

Introdução

A cicloplegia adequada é essencial para a realização de um exame oftalmológico pediátrico adequado e preciso, pois o relaxamento temporário do músculo ciliar permite a medição precisa do estado refrativo das crianças. Um cicloplégico perfeito deveria ser eficaz, conveniente e seguro. A eficácia exigiria paralisia máxima do músculo ciliar e midríase adequada. A conveniência exigiria um rápido início da ação cicloplégica e uma duração de efeito suficiente para a realização do exame, mas não tão prolongado a ponto de causar desconforto ao paciente. A segurança exigiria a ausência de efeitos colaterais. No momento, entretanto, nenhum agente cicloplégico atende a todas essas qualificações. Por essa razão é fundamental a construção de um protocolo que possa definir a forma mais adequada de se obter cicloplegia e midríase na população pediátrica.

Recomendações

  1. Uso de uma gota de proximetacaína 0,5% 30 segundos a 1 minuto antes da instilação do primeiro colírio midriático / cicloplégico (Nível de Recomendação II).
  2. O uso de duas gotas de tropicamida 1% com intervalo de 0–5 minutos é recomendado para menores de 6 meses (Nível de Recomendação II; Tabelas 1 e 2).
  3. Uso de uma gota de ciclopentolato 1% mais uma gota de…

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