DEFICIÊNCIA DA VISÃO DE CORES

O QUE É A DEFICIÊNCIA DE VISÃO DE CORES?

A deficiência de visão de cores, também chamada de “daltonismo”, é a dificuldade de perceber ou diferenciar algumas cores. Existem células na retina chamadas cones, que contêm pigmentos sensíveis às cores vermelha, verde e azul. Pessoas com deficiência de visão de cores têm ausência total ou parcial desses pigmentos. Quando apenas um tipo de pigmento está ausente, pode ser difícil distinguir o vermelho do verde ou o azul do amarelo. A forma mais grave é a acromatopsia: nesse caso raro, a pessoa não enxerga nenhuma cor, apenas tons de cinza, e a visão costuma ser embaçada.

QUAL É O TIPO MAIS COMUM?

O tipo mais comum é a deficiência de vermelho-verde. Geralmente, é causada por uma alteração genética herdada da família e é muito mais frequente em meninos (herança ligada ao cromossomo X). Aproximadamente 1 em cada 12 meninos apresenta algum grau de deficiência de visão de cores, enquanto essa condição é muito mais rara em meninas.

O QUE CAUSA A DEFICIÊNCIA DE VISÃO DE CORES?

Na maioria dos casos, a deficiência de visão de cores é hereditária, passada dos pais para os filhos. Ela ocorre devido a alterações nos cones da retina, que são as células responsáveis pela percepção das cores. Algumas condições adquiridas, como doenças da retina ou do nervo óptico, também podem afetar a capacidade de enxergar as cores corretamente.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA DEFICIÊNCIA DE VISÃO DE CORES?

Os sintomas variam de acordo com o tipo e a quantidade de pigmento ausente. Muitas vezes, é difícil distinguir entre tons da mesma cor ou entre cores semelhantes. As cores podem parecer mais apagadas ou ser facilmente confundidas com outras.

COMO A DEFICIÊNCIA DE VISÃO DE CORES É DIAGNOSTICADA?

Muitas crianças com deficiência de visão de cores não percebem que enxergam o mundo de maneira diferente. O diagnóstico é feito com testes específicos, como o teste de Ishihara ou o teste de Farnsworth-Munsell, que avaliam a capacidade de reconhecer padrões de cores.

EXISTE ALGUM TRATAMENTO?

A deficiência de visão de cores hereditária é uma condição presente desde o nascimento e, atualmente, não há cura definitiva. Embora não exista uma cura definitiva para o daltonismo, várias abordagens têm sido exploradas para melhorar a percepção de cores em indivíduos afetados. Uma das principais estratégias envolve o uso de dispositivos ópticos, como óculos e lentes de contato que filtram comprimentos de onda específicos para melhorar a discriminação de cores. Além disso, estudos de terapia gênica estão em andamento, especialmente para formas mais graves, como a acromatopsia.

ESSA CONDIÇÃO PODE AFETAR O FUTURO DO MEU FILHO?

Em geral, crianças com deficiência de visão de cores se adaptam muito bem e não têm grandes limitações. No entanto, essa alteração pode trazer desafios em atividades que dependem da distinção de cores, como identificar informações em mapas, gráficos ou sinais.

O QUE PODE SER FEITO PARA AJUDAR?

O diagnóstico precoce é importante para que a criança desenvolva a autoestima e estratégias de adaptação desde cedo. É fundamental informar os professores, que podem adaptar as atividades escolares. Também é útil rotular lápis de cor, canetinhas e giz, e preferir materiais de leitura impressos com tinta preta em papel branco. As crianças podem aprender a reconhecer cores de objetos comuns para facilitar a comunicação no dia a dia.